dominar ou conduzir, como dominara e conduzira em outras épocas, se não fosse o prestígio da sua política de 1850, outra seria a posição do Brasil, igual talvez àquela que lhe preparava Rosas ou a idealizada pelo Dr. Lucas Obes, desde 1838.
Com relação à invasão da República Oriental e a guerra que se seguiu com o Paraguai, não houve por parte do Visconde do Uruguai manifestação alguma. Previra-a desde 1853. Em 1856, avisara a Paranhos de certas propostas feitas por Solano Lopez a Calderon de la Barca. Em 1857, chamara a atenção do governo para a defesa do Mato Grosso e para os armamentos que o Paraguai adquiria. E, em 1858, falando pela última vez sobre as questões entre o Brasil, e o Paraguai, lembrara ao governo: "as dificuldades não estão sanadas, estão adiadas somente." No seu arquivo, apenas alguns folhetos sobre o início da guerra se encontram. De Lamas, com uma dedicatória recebeu: "Tentativas para la pacificacion." O memorial endereçado a Saraiva, pelos Colorados, foi-lhe oferecido, pois se acha no seu arquivo. Há ainda um expressivo bilhete de Paranhos. Ao embarcar para o Rio da Prata, onde ia viver os mais gloriosos dias de sua vida, ele escrevia ao Visconde do Uruguai: "Exmo. Amigo e Sr. Visconde. Um abraço, e mil desculpas lhe envia o seo velho amigo. Faça votos pelo bom exito da espinhosa tarefa que o destino impoz a este — de V. Exa. — Affect.m° am.° e cr.° obr.° — J. M. da Silva Paranhos — SC. em 24 de Novembro de 1864."
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Em 1864, o Visconde do Uruguai termina o segundo livro sobre a organização administrativa no Império, publicado no ano seguinte, pelo editor Garnier. Neste livro, intitulado: Estudos Práticos sobre a Administração das