crítica muito valiosa, e Sérgio Buarque de Hollanda, que em 1951 estudou com extraordinária visão crítica o pensamento histórico durante os últimos cinquenta anos(3). Nota do Autor São esses três estudos os verdadeiros pioneiros da história da história do Brasil(4). Nota do Autor
A tentativa de escrevê-la desde a primeira crônica do seu nascimento até as tendências atuais significa um esforço de anos de pesquisa e de leitura infatigáveis. Desde 1946, quando iniciamos os trabalhos que resultaram na Teoria da História do Brasil (1ª ed., 1949, 5ª 1978), escrevemos as primeiras lições de historiografia brasileira lecionadas no Instituto Rio Branco. Com o tempo acumulou-se o material recolhido dos próprios livros de história e dos manuscritos de arquivo que dos autores e sobre eles reuníamos. Outros trabalhos, aos poucos publicados, impediram-nos de reescrever, aproveitando o material colhido, o esboço de 1946. O adiamento deu oportunidade a leituras e pesquisas que fizeram crescer o material a ser utilizado ou preencheram lacunas e deficiências. Isso não impediu, naturalmente, que muitas continuassem existindo, mas evitou que outras tantas fossem assinaladas pelos próprios leitores mais cuidadosos. Além disso, em vários livros, publiquei trabalhos historiográficos(5). Nota do Autor
Foi a oportunidade da publicação da Historiografia em espanhol, oferecida em 1948, por Sílvio Zavala, em nome da Comissão de História do Instituto Panamericano de Geografia e História, no seu programa de Historiografía General de America - decidido pela resolução I da Primeira Reunião Panamericana de Consulta sobre História, celebrada em outubro de 1947 - que nos estimulou a preparar o trabalho, cujo primeiro volume apareceu em princípios de 1957 e o segundo em 1963(6). Nota do Autor
Desde logo há de se notar e estranhar a divisão secular, adotada mais por comodidade do que por princípio, apesar das interpretações de Ottokar Lorenz, segundo o qual, o século é uma medida objetivamente fundada de todos os acontecimentos históricos. Não se pretendeu adotar tal preceito, como se verá nas páginas iniciais da historiografia seiscentista. O que houve foi a dificuldade de dividir tematicamente tão vasto material, tão pouco tratado. Talvez, mais tarde, depois desta e de outras experiências, se possa classificar, independentemente da cronologia, os vários grupos de temas, ou as várias direções espirituais que caracterizam a evolução da historiografia.
Também o critério de admissão de autores e escritos nesta historiografia não foi rígido e sistemático. Adotou-se, de princípio, uma distinção entre documento histórico e historiográfico, e somente este e seu autor entraram neste estudo. A distinção não é fácil de se fazer, pois todo documento historiográfico é histórico, mas nem todo documento histórico