História político-econômica e industrial do Brasil

cortando novamente as importações de manufaturados, se constituiu em mais outra força propulsora de nossa evolução industrial, em condições mais vantajosas, porque já estávamos melhor aparelhados e havíamos crescido mais. O segundo após-guerra, com os problemas que suscita - mercado interno maior, escassez de divisas, várias exigências de nosso crescimento econômico e social - leva-nos a iniciar a implantação das indústrias de base, desempenhando nesse sentido importante papel o Programa de Metas de 1955-1960.

Estas são, em forma muito resumida, as etapas de maior relevo de nossa evolução econômica em suas relações com o desenvolvimento industrial.

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O Brasil nunca se manteve isolado do mundo. Depois da sua separação de Portugal, passou a girar sob a influência inglesa, quando esta nação se converteu na mais poderosa expressão do capitalismo moderno, e após a última Guerra Mundial, quando as relações com os EUA se estreitaram bastante assumindo, por vezes, uma forma de dependência, particularmente de caráter econômico, em todas estas fases.

Despontamos para o convívio das nações dentro do ciclo das descobertas, que teve das mais profundas repercussões históricas. Há mesmo quem diga que, com a primeira viagem de Cristóvão Colombo à América, "findava a Idade Média".(1) Nota do Autor Mais tarde foi a descoberta do caminho da Índia e posteriormente a travessia da Patagônia, em direção ao Pacífico. É a época em que "o mundo abriu-se para a Europa".(2) Nota do Autor Com isso, não somente eram percorridos "mares nunca dantes navegados", como realizavam-se descobertas de outras terras e outros povos, que iriam se transformar em outras tantas novas fontes de riqueza material e científica. Na Europa era o tempo da Renaissance francesa, do Cinquecento italiano, da Reforma Alemã, enfim, da maior convulsão progressista sofrida pela humanidade, "época em que havia

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