História político-econômica e industrial do Brasil

particulares alienígenas, que as haviam construído e gerido até pouco depois do último após-guerra, e se encontravam em deplorável estado de desgaste, passou a administrá-las, conjuntamente com outras que já possuía. Elaborou e pôs em execução um programa para seu reequipamento e modernização.

Concomitantemente, além de ampliar a produção de Volta Redonda, o governo estimulou e ajudou à construção da Usiminas e da Cosipa, a fim de elevar a nossa capacidade produtora de aço, tão necessária ao desenvolvimento nacional.

Tudo isso, como é natural, elevou sua participação dentro da formação do capital fixo, como se comprova através do quadro abaixo:

Participação do governo e do setor privado na formação bruta do capital fixo (em NCr$ milhões)

Anos/Setor Privado/Governo

1955: 76,9/22,3

1956: 90,2/26,8

1957: 90,5/47,4

1958: 112,5/68,5

1959: 202,5/85,5

1960: 273,2/126,5

Fonte: A Economia Brasileira e suas Perspectivas, julho 1969 - Edições APEC.

Dessa crescente participação do governo na formação do capital fixo vem decorrendo muita censura ao poder público, acusado de intromissão do Estado na economia, de permitir um estatismo agigantado ou de preparar a nacionalização da economia. A nosso ver, tais acusações carecem de bases sólidas, pois, o que vem acontecendo é aumento da participação do poder público em setores pelos quais a iniciativa privada vem demonstrando desinteresse, como os de energia elétrica e transporte, ou que são pouco atrativos, como o de siderurgia, devido aos imensos gastos

História político-econômica e industrial do Brasil - Página 396 - Thumb Visualização
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