iniciais e remuneração lenta que oferece. No entanto são atividades indispensáveis ao desenvolvimento, cujo atraso causa perturbação ao funcionamento da produção, como já aconteceu com os famosos "pontos de estrangulamento". Não são, portanto, formas competitivas com a iniciativa privada que realiza, mas complementares, pois facilita-lhes os fatores para a sua expansão.
O que não se pode negar, contudo, é que apesar das objeções que se possam levantar, o período de nossa economia que estamos examinando apresenta-se como o de maior crescimento da história, cabendo ressaltar ainda sua importância na implantação e desenvolvimento das indústrias de base, levando-nos com isso a transpor etapa cheia de imenso relevo, fazendo-nos passar da fase de fabricação de bens de consumo para a de bens de produção, o que nos permitirá sobrepujar o nível do subdesenvolvimento, para atingirmos as condições de uma economia madura, de país avançado.
A nossa pauta de produção enriqueceu-se consideravelmente com nova gama de artigos que antes importávamos, o que representa progresso de nossa capacidade produtora e incorporação de nova tecnologia, ou seja, apropriação de conhecimentos acumulados durante dezenas de anos muitas vezes sobre novas ligas, modelos originais, combinações químicas, processo e métodos de fabricação, novas especificações, tolerâncias e controles, implicando isso tudo patentes, invenções, know how, com modernos métodos de produção industrial.
Entre 1955 e 1960, a nossa produção industrial de bens de consumo cresceu de 63% e a de bens de produção de 370%, o que nos possibilitou manter uma taxa média de crescimento de dez por cento ao ano, da produção industrial, embora permanecesse estacionária a importação de equipamentos, apoiando-se em forma cada vez maior na produção interna de equipamentos, o que também assegurou os serviços básicos de transporte e energia, proporcionando isso tudo alta taxa de desenvolvimento de cinco por cento ao ano para o conjunto da economia brasileira.(3) Nota do Autor
O Recenseamento de 1960 demonstrava a existência de 110.339 estabelecimentos industriais, ocupando 1.509.713 operários,