Do Brasil filipino ao Brasil de 1640

esquadra (14)Nota do Autor. E ao longo do ano de 1630 continuou a preparação do socorro, que se traduziu na envio de D. Antônio de Oquendo, como solução de emergência, enquanto não partia a grande frota. De Madri prometia o monarca libertar os agricultores do reino, que trouxessem abastecimentos a Lisboa, dos direitos que deviam pagar pela saída dos produtos, "para que assim se facilite mais que as partes os enviem" (15)Nota do Autor. Apenas a reconquista de Pernambuco contava para Filipe IV; e ao bispo do Brasil, D. Miguel Pereira, que solicitara o envio de uma pessoa letrada para governar os índios convertidos do Maranhão, ordenou o monarca a seguinte resposta: "ate que, sendo Deus servido, se recupere Pernambuco, não parece que há que ordenar" (15A)Nota do Autor.

Uma coleta para ajuda a Pernambuco

É neste contexto que se deve inserir o pedido de ajuda material que Filipe IV mandou espalhar pelo reino, desde o início de 1631 (16)Nota do Autor.

No dia 7 de janeiro o Vice-rei de Portugal, D. Diogo de Castro, escreveu várias cartas a solicitar dinheiro e mantimentos para a armada de socorro ao Brasil, que devia partir "no fim de janeiro". E para que não houvesse extravio nas ofertas, determinou que se fizesse um livro "para nelle se escrever os socorros que se davam aos soldados do terço de armas desta Coroa" (17)Nota do Autor. Por esse tempo partiu em diligências pelo Alentejo o licenciado Gaspar Cardoso, com o fim de obter "azeite da novidade presente dos celeiros de Serpa e Moura", devendo a carga estar em Lisboa até o dia 20 de janeiro. Eram apenas boas intenções as do Vice-rei, mas não se integravam numa planificação de esforços, pois com os meios rodoviários do tempo não era possível agir com tamanha rapidez, no escoamento de produtos entre o Alentejo e a capital.

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