Golegã recebeu o encargo de mandar a Antônio Matias, barqueiro em Tancos, que trouxesse a Lisboa os quatro moios e meio de feijões para a jornada (24)Nota do Autor.

A expedição de Oquendo

Nos primeiros dias do ano seguira para o Brasil uma pequena frota de 60 soldados, sob o comando de Antônio de Araújo e de Santos da Costa, levando um carregamento de munições para acorrer às defesas da costa (24A)Nota do Autor. Mas já se fazia prestes a grande esquadra.

Desde 16 de abril que se passaram as cartas-patentes para os capitães da frota portuguesa que deviam acompanhar D. Antônio de Oquendo. Assim, Antônio da Cruz recebeu a capitania do galeão Sam Jorge e Cosme do Couto Barbosa a do galeão Nossa Senhora dos Prazeres menor; Duarte de Eça foi encarregado do terceiro galeão, o Santiago e Lourenço Mousinho Barba do quarto galeão, de nome S. João Baptista; o patacho Nossa Senhora da Guia foi entregue ao capitão Rui da Costa; e as cinco caravelas — a Santo Antônio, a Santa Cruz, a Nossa Senhora da Boa Nova, a Nossa Senhora do Rosário e a S. Jerônimo foram confiadas, respectivamente, aos capitães Pedro Ferreira, Francisco Vaz Betancourt, Manuel Ferreira Álvares, Domingos da Mota e Antônio Teixeira (25)Nota do Autor.

Nas caravelas ia uma grande quantidade de fazendas e mantimentos para ser distribuída pelos soldados do presídio da Bahia e pelos que andavam no arraial de Pernambuco; e boa dose de munições e material de guerra, tudo a cargo de André de Almeida Fonseca, que ia com o título de Provedor da Fazenda real. Curioso ainda acrescentar: este levava consigo "20 vestidos de estamenha verdes e vermelhos, forrados de olandilha e cinquoenta traçados" para os mandar repartir pelos índios do Recife, o que seria meio excelente de aliciar outras tribos a colocarem-se ao lado dos portugueses contra os flamengos (26)Nota do Autor.