No caso de não se tornar possível um desembarque em Pernambuco, deveria tentar-se o envio de uma primeira esquadra à Paraíba, que estava sem gente nem recursos, devido à guerra do Rio Grande do Norte. Era opinião dos capitães que aquela região bastava para sustentar as partes do Norte "por ser a principal costa por donde se havia de entrar para se restaurar o Brasil" (51A)Nota do Autor. Outros socorros se poderiam enviar para o arraial de Pernambuco e para o cabo de S. Agostinho, enquanto não partisse a grande expedição.
No mês de novembro mandou-se arrestar todas as naus de comércio para irem em conserva, na grande frota militar. Em 29 desse mês o Conselho ordenava que não partisse nenhum navio para as conquistas do Ultramar, senão em companhia da armada "que ade ir de socorro a pernambuco e que está de partida" (52)Nota do Autor. Mas tal medida causou protestos de vários mercadores, que se viam lesados no seu labor e proveito. Assim, em 29 de dezembro, Domingos Gonçalves Torres, morador em Viana do Castelo e mestre do navio O anjo da goarda — "navio velho, muito pequeno e sem artilharia" — protesta contra o embargo da sua nau, por ordem de Lourenço Coelho Leitão, Corregedor do Crime daquela vila, pois estava carregado de mercadorias para os portos de Pernambuco, "os quais são azeites, vinho, bacalhau, sardinha, tudo mantimento para aquelas terras" (53)Nota do Autor; e no mesmo dia Margarida Vareira, moradora em Matosinhos e viúva, proprietária do navio Bom Jesus, de que era mestre Simão Antônia, protestava contra o embargo régio, pois o navio estava carregado de pipas abatidas para ir ao Rio de Janeiro, com escala pela ilha da Madeira "para ali carregar vinhos que são cousa mui necessária para sustento da terra do Brasil" (53A)Nota do Autor.
Estava tudo a postos para a saída da frota de D. Luís de Rojas. Varnhagen refere que a armada deixou o Tejo em princípios de 1635 (54)Nota do Autor. Mas em 5 de maio ainda o monarca ordenava o apresto de duas armadas de 17 mil toneladas e o recrutamento de 8.950 praças para a defesa do Brasil (54A)Nota do Autor.