Pinheiro Pinto vendeu também papel em cadernos, variando o preço: em 1802, "1 caderno de papel" ficou em $320. Já em 1810, custou meia pataca. Em 1811 e em 1813, o preço foi ora de $200, ora de meia pataca.
Em 1797 a mãe de Pinheiro Pinto teceu uma "rede", que foi adquirida por um seu parente, pela quantia de 3$000. Em 1807, um certo José Antônio, morador em Santa Rita, levou uma por 3$200. Em 1811, Antônio de Sousa foi debitado em 2$560 por "1 rede de dormir", enquanto que outra foi vendida por 4$000. Sobrevivência de hábito indígena, sempre houve, no Nordeste e Norte do país, o costume de se dormir em redes, costume acoroçoado pelo intenso calor reinante. As peças vendidas no Campo Seco, ali foram tecidas por método manufatureiro ainda com toque indígena. Quando Pinheiro Pinto construiu o Sobrado do Brejo, mandou fazer camas e catres. Não estaria, por certo, renovando totalmente o mobiliário dos quartos, mas apenas promovendo a extinção pelo menos para alguns de seus familiares, do uso da rede para dormir.
Assentou o fazendeiro, em 1798:
"Eu devo ao sr. Bernardo do anel pg: 6400"
Seria um anel de ouro, talvez de procedência reinol, porquanto desde 1766 estavam os ourives coloniais proibidos de trabalhar e negociar em "obras" de ouro e prata, proibição extinta somente em 1815. Assim mesmo os ourives da terra arriscavam-se a uns biscates, como demonstra este registro de 1806: "dro. q' dei ao urives: 960".
Uma "boceta" para rapé foi adquirida por Manuel Gomes, em 1802, por 5$000.
"Pedras de fogo" para provocar a ignição, também se vendiam no Campo Seco. Em 1797: "deve mais de pedras de fogo: $080". Em 1812, "2 pedras de fogo" custaram $060.
Um "bano", isto é, um baú, foi comprado em 1807, enquanto que um outro custou 4$000 em 1812. Já naquela época, era o baú uma caixa retangular de folha-de-flandres, ou então de madeira, com a tampa convexa. Forrado de couro, fez as vezes dos arcazes, e também serviu para guardar roupa e objetos.
"1 cayxa nova" foi vendida por 3$000, em 1813, a Joaquim Pinheiro Pinto. Essa caixa talvez fosse de ferro ou de folha-de-flandres (não se trataria, pelo alto preço, da caixa de madeira própria para acondicionamento dos pães de açúcar), e serviria para o transporte ou guarda de objetos.
Há no Livro de Razão numerosos assentamentos sobre "sabão".
O primeiro é de 1807: "P. 1 pam de sabão: 100". Era o sabão um produto "estancado", como o tabaco e o sal, de monopólio da Real Fazenda, pertencendo as Saboarias à Real Coroa. Um alvará de 20/12/1766, marcou os preços que deviam vigorar no