Da Escola Militar ao Batismo de Fogo
Cadete aos 16 anos - Praça voluntária do 4.° Batalhão de Artilharia a Pé - Rebenta em Pernambuco a Rebelião Praieira - Objetivos e chefes desse movimento - O despotismo dos senhores de engenho - A nacionalização do pequeno comércio - Queda dos liberais - Declínio da Praia - O concurso do bandido Vicente de Paula aos conservadores pernambucanos - Deodoro é mandado para Recife - Sua participação no combate da Soledade - Morte de Nunes Machado e fuga de Pedro Ivo - O fim do bravo capitão da Praia.
DEPOIS DE DECLARAR a filiação e a data do nascimento de Deodoro, a fé de ofício do proclamador da República, existente no arquivo do Ministério da Guerra, acrescenta a seguinte informação: "A 25 de fevereiro de 1845 assentou praça voluntária no 4.° Batalhão de Artilharia a Pé. Reconhecido cadete de 1ª classe a 18 de abril de 1845". À primeira vista, parece ter sido aquela data, 25 de fevereiro de 1845, a do ingresso de Deodoro na carreira das armas. Entretanto, já vestia farda desde 6 de março de 1843, quando se matriculou na Escola Militar do Rio de Janeiro, para onde o mandara o pai. Os filhos dos membros da nobreza imperial, barões, viscondes, condes, marqueses, tinham preferência para o ingresso na escola e bem assim os filhos dos oficiais do Exército, no que seguia a tradição portuguesa o estabelecimento fundado pelo príncipe regente D. João, a 4 de dezembro de 1810, com o nome de Academia Militar. Valeu-se Deodoro de tais franquias tão cedo quanto pôde. Mas por que, inscrito na Escola Militar, fora assentar praça, voluntariamente, no 4.° Batalhão de Artilharia a Pé? É que,