Como não existe, na petição, despacho algum do imperador, não sabemos se encontrou eco na apregoada magnanimidade do monarca. Se não logrou o resultado desejado teve, ao menos, um merecimento: o de legar à posteridade um depoimento dramático, sincero e, ainda que mesclado de natural constrangimento, nem por isso menos espontâneo, do pai de Deodoro, desaparecido a 24 de agosto de 1859(*),Nota do Autor sobre as condições de verdadeira penúria em que mais vegetava que vivia, na Corte Imperial, a família dos Fonseca.
Foi em ambiente de privações, de dificuldades, de vida dura e amarga, que Manuel Deodoro da Fonseca se preparou para o ingresso na vida militar. Seguia o impulso de uma vocação, mas ao mesmo tempo buscava uma carreira que pudesse, desde logo, emancipá-lo financeiramente, aliviando o precário orçamento paterno.