de seus atos, gostaria que fossem mantidos, nada lhe dissera sobre a necessidade de serem conservados naquela província o marechal e as forças em observação. Entretanto, assim não se fez. Fora, ao contrário, nomeado para o governo Cunha Matos, um coronel, a quem, como comandante das armas, ficaria Deodoro subordinado. Além deste aspecto, que bastaria para ferir seus melindres profissionais, havia outro que também lhe machucava o orgulho: um dos homens por quem arrostara tantas incompatibilidades e por quem perdera o governo do Rio Grande do Sul, agora a ele se apresentava, fagueiramente, depois de ter recebido do gabinete, com que se entendera, uma posição hierarquicamente superior à sua!
Ferveu o sangue de Deodoro. É bem verdade que o Visconde de Maracaju, numa carta pessoal, datada de 23 de julho de 1889, dizia-lhe que "certo de que não te convirá, por forma alguma, continuar na honrosa comissão pela diminuição da força, não duvidei propor a tua exoneração do comando das armas, que será assinada no próximo despacho imperial". A carta pessoal é afetuosa, dados os laços de parentesco e de amizade entre Deodoro e Maracaju. E termina com estas linhas: "Desejando a ti e à prima boa viagem, aqui os espero para abraçá-los como teu primo e amigo velho, Rufino Galvão. Com essa carta, ia o ofício, formal, do ministro da Guerra, que lhe comunicava a ordem para o regresso à Corte dos batalhões que dali tinham sido enviados para Mato Grosso e acrescentava: "Em vista desta providência, é concedida a V. Ex.ª exoneração do comando de todas as forças de observação da mencionada província e, oportunamente, o governo imperial lhe concederá o das armas; do que, nesta data, dou conhecimento ao Ministério da Marinha". O mesmo ofício fazia regressar o chefe da comissão de engenharia militar e punha o contingente do Batalhão de Engenheiros à disposição do presidente da província.
O vínculo de subordinação a Cunha Matos seria breve, a julgar por essa correspondência. Mas nem assim Deodoro o quis admitir. No mesmo dia em que o coronel se apresentou ao seu comando, em Corumbá, e antes mesmo de sua partida para Cuiabá, baixou uma ordem do dia, declarando que se retirava