predomínio absoluto dos liberais na Câmara. Sentindo o perigo representado pela compressão governamental, aliaram-se conservadores e republicanos, para concorrerem ao pleito. O resultado das eleições dá a impressão de uma estrondosa vitória do gabinete. A representação republicana, apesar de toda a intensa pregação de Silva Jardim e de tantos outros, e malgrado o apoio de uma imprensa cada vez mais forte, quer quanto ao número quer quanto à qualidade das folhas antimonarquistas, em vez de aumentar diminuía! Campos Sales e Prudente de Morais, que já tinham sido deputados e se haviam apresentado candidatos em São Paulo, estavam derrotados. Álvaro Botelho, Monteiro Manso e Lamounier Godofredo, nenhum deles havia voltado por Minas Gerais. O gabinete manipulara as eleições por tal forma que permitira apenas uma representação simbólica dos dois partidos que lhe eram adversos: sete conservadores e dois republicanos. Estes eram dois ilustres desconhecidos: Carlos Justiniano das Chagas e Gabriel de Almeida Magalhães. Silva Jardim, embora muito votado na Corte e na Província do Rio de Janeiro, fora degolado e estava defendendo o seu diploma perante a comissão verificadora de poderes, quando tombou por terra a monarquia... Os conservadores eram: Olímpio Valadão, Alfredo Chaves, Domingos Jaguaribe, Pedro Luís Soares de Sousa, Francisco Bernardino, Araújo Pinho e Gomes de Castro. Numa Câmara inteira, entre 139 representantes, - apenas nove seriam as vozes da oposição! Era uma condescendência: do Visconde de Ouro Prêto, que, se quisesse, teria feito uma Câmara unânime(*).Nota do Autor
Para Rui Barbosa a Câmara liberal era uma Câmara unânime(**).Nota do Autor
Não levou em consideração os 6% da representação