O Início da Conspiração
Novos incidentes militares - Rigorismo de Ouro Prêto - Reorganiza-se o Clube Militar - O caso do tenente Carolino - O coronel Mallet e sua demissão "a bem do serviço público" - O protesto do Diário de Notícias - Cândido de Oliveira, ministro antipatizado pelos militares - Um novo 7 de abril em perspectiva - Contatos dos elementos republicanos com Deodoro.
A PRESENÇA DE DEODORO na Corte teve o condão de rearticular, imediatamente, os elementos que se achavam dispersos ou retraídos. Seu desembarque, a 13 de setembro, no Rio de Janeiro, foi muito concorrido. Uma das presenças assinaladas foi a do general Floriano Peixoto, ajudante-general do Exército, não para se associar aos seus ressentimentos, mas para, se possível, desfazê-los. Amigo pessoal de Deodoro, a quem chamava familiarmente de Manuel, esperava, sem dúvida, que seu gesto contribuísse para melhor entendimento entre ambos. Prestigiava-o, para prestigiar-se, na função delicada que exercia. Quem não compareceu ao desembarque de Deodoro foi o vice-presidente em exercício do Clube Militar. Não por falta de vontade, mas por doença. Regressara Benjamin Constant de Lambari sem grandes melhoras. A saúde abalada, - explicou em carta a Deodoro, - não lhe permitira ir ao cais, levar-lhe as boas-vindas e à esposa e abraçá-lo como amigo e como camarada. E desde logo chamava a atenção do companheiro, mais ilustre e mais velho, para um incidente que, no seu entender, estava a exigir um novo pronunciamento do Clube Militar: o caso do tenente Carolino. Esse caso ocorrera precisamente no mesmo dia em que o marechal desembarcara na Corte. "Um acontecimento lamentável, dado entre o Sr. ministro da Fazenda e um oficial do nosso Exército, parece-me digno