caso Carolino, explorado pela imprensa republicana e comentado com desfavor nos meios militares, Cândido de Oliveira chama, como ministro interino da Guerra, o ajudante-general do Exército para uma conferência. Floriano Peixoto comparece. Trocam-se pontos de vista e explicações. O resultado final é este: o ministro baixa uma portaria mandando prender o tenente Carolino por oito dias e proceder sobre a causa do incidente a um Conselho de Investigação, a fim de saber-se se esse oficial estava fora do seu posto, quando Ouro Preto dera entrada no edifício do Tesouro Nacional, ou se a guarda ali de serviço estava debandada.
Além da carta de Benjamin Constant, Deodoro recebeu também um memorial, assinado por quarenta oficiais, o primeiro dos quais o tenente Pedro Ferreira Neto, pedindo a convocação de uma sessão extraordinária do Clube Militar, para tratar do mesmo incidente. Entretanto, não julgou Deodoro que se justificasse tanta celeuma e deu ao abaixo-assinado um despacho lacônico e discordante: "Por ora, não há necessidade de reunir-se a sessão pedida". Contudo, o tenente Carolino encontra em Rui Barbosa um defensor incansável, cuja pena rutilante insere para sempre, nas páginas da história republicana, o nome até então obscuro desse oficial subalterno.
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No governo do Rio Grande do Sul, Silveira Martins procura se desfazer dos militares que poderiam criar-lhe dificuldades, por serem ligados ao elemento republicano ou por conservarem, contra ele, ressentimentos oriundos das atitudes que assumira na "questão militar", atacando Deodoro e causticando o que lhe parecia serem atos de indisciplina, incitados por oficiais generais que deviam zelar pela ordem. Um dos oficiais que incidem em seu desagrado, logo depois da demissão dos capitães Vespasiano de Albuquerque e Francisco Alberto Guillon, é o capitão de cavalaria Antônio Adolfo da Fontoura Mena Barreto(*),Nota do Autor que não dissimula sua aversão ao gabinete liberal e, particularmente, ao novo presidente