providenciaria a descarga do que já estivesse a bordo, uma vez que a frota estava prestes a partir, o que se daria a 1º de agosto. Estranhava ainda o provedor que estando a Mesa de Inspeção há tantos anos na Bahia, somente agora levantasse o problema. Por outro lado Ordens Régias de 13 de outubro de 1744 e de 29 de dezembro de 1750 haviam permitido que os oficiais das naus da Índia levassem em seus agasalhados cargas de sola ou couro. Com esses argumentos o provedor fez subir uma consulta a el-Rei.
A Mesa de Inspeção, por sua vez, levantara o problema por tomar conhecimento de que a carga comum do navio estava sendo prejudicada uma vez que os referidos gêneros dos oficiais estavam sendo carregados antes de estar o navio com toda a carga principal acomodada.
Essas reclamações ou abusos por parte dos oficiais eram comuníssimas e nasciam principalmente do fato de não existir a respeito do assunto um regimento que o disciplinasse.(71) Nota do Autor
Feita esta digressão sobre o sistema de caixas de liberdades e gasalhados, voltemos à análise das mercadorias desembarcadas no Salvador por navios da Carreira do Oriente.
A carga do navio "Nossa Senhora da Visitação" - sobre o qual já falamos anteriormente, compunha-se em sua maior parte de tecidos. Sobre a significação das palavras que nomeiam essas fazendas, conseguimos alguma coisa, que vai apontada no glossário.
A referida carga se constituía de: "bertangis"(72) Nota do Autor, "bargela"(73) Nota do Autor, "chaudéis"(74) Nota do Autor, "cambaias"(75) Nota do Autor, "chaudis"(76) Nota do Autor, "colchas