A Bahia e a carreira da Índia

Sobre o seu construtor se sabe que chegou a ser contramestre no arsenal de Lisboa, onde foi discípulo do famoso mestre Torcato José Clavina. Em 1796 é que foi enviado para a Bahia onde continuaria a prestar serviços à Coroa como profissional habilitado que era. Em 1803, a lotação dessa nau era de 663 homens. Em 1807 foi incluída na esquadra que levou a família real para o Brasil. Não chegou a servir à navegação do Oriente, tendo sido julgada inútil em 1819. O comandante Quirino da Fonseca dá-lhe o nome de "Príncipe do Brasil".

Refs.: Ms. 23.577-23.630, 23.775, 23.789, 23.819-23.820, 23.825, Bahia. P.a.c., AHU; Antônio Marques ESPARTEIRO, Marinha brigantina, vol. I (naus e navetas), pp.497 e segs.; Quirino da FONSECA, Os portugueses no mar, vol. I, p.539; João Afonso CORTE-REAL, "Testemunho de ação ultramarina na regência de Dom João VI", in Studia (13-14), p.283.

*

Fragata - "PRÍNCIPE D. PEDRO" (1810-1830)

Histórico - Foi construída na Bahia, predominantemente de madeira sucupira. Era fragata de 36 ou 44 peças. Tinha de dimensão:

Comprimento - 144 pés

Boca - 36 pés

Pontal - 28 pés

Em 1882 sua lotação era de 252 homens. Serviu muito nos roteiros do Brasil e da África. Em 11 de abril de 1826, largou para a Índia, como navio-chefe, comandada pelo Capitão de Mar e Guerra José Maria Vieira. Foi desmanchada em 1835.

Ref.: Antônio Marques ESPARTEIRO, Marinha brigantina, vol. II (fragatas), pp.408 e segs.

A Bahia e a carreira da Índia - Página 342 - Thumb Visualização
Formato
Texto