Alberto Sales, ideólogo da República

1886 - Pronuncia duas conferências em Campinas, onde agora reside novamente, sob os auspícios do Clube Republicano, num ciclo do qual participaram os maiores vultos da propaganda republicana no país. Passa a fazer parte do corpo docente do colégio Culto à Ciência, ministrando aulas "de diversas matérias", consoante informa a Gazeta de Campinas em sua edição de 27 de janeiro desse ano.

1887 - Participa de um congresso do PRP e publica A pátria paulista. Deixa de fazer parte do colégio Culto à Ciência, seguindo para Poços de Caldas em tratamento de saúde.

1888 - Publica, em Campinas, o Estudo científico sobre disciplina e organização partidária, texto de uma conferência pronunciada em sua cidade natal no Clube Republicano.

1889 - Proclamada a República, retira-se para a fazenda "Morro Grande", em Rio Claro, de propriedade de seu sogro, onde estuda ciência política.

1891 - Publica Ciência Política, redigida em seu retiro rioclarense, utilizando-se grandemente do texto de A pátria paulista, escoimado dos elementos "separatistas" do livro de 1887.

1893 - É eleito deputado federal para completar o mandato de Bernardino de Campos, que assumira a chefia do governo do Estado de São Paulo.

1894 - Reeleito deputado federal, renuncia ao seu mandato em meados do ano por não concordar com a orientação do PRP.

1898 - É nomeado diretor da Escola Normal de São Paulo, notabilizando-se por seu saber enciclopédico, substituindo com raro brilho qualquer professor que faltasse.

1901 - Pronuncia a conferência O ensino público, publicada depois sob forma de opúsculo. Na primeira página de O Estado de S. Paulo publica um artigo que ficou famoso, encimado pelo título "Balanço Político", contra a chamada "política dos governadores", inspirada por seu irmão Campos Sales, então presidente da República. Abandona o cargo de diretor da Escola Normal por discordar de seu superior hierárquico, titular da Secretaria do Interior, a quem cabia decidir sobre questões de educação, formalizando-se posteriormente sua "demissão a pedido".

1904 - 12 de março, falece na fazenda "Guararema", em Monte Alto, acometido de aneurisma da aorta, possivelmente de origem luética, deixando inacabado o ensaio Governo popular, publicado postumamente em 1924 na Revista do Brasil.

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