e empírico. Acreditamos ser esta a melhor maneira de tratarmos o acervo recolhido na comunidade alagoana — Piaçabuçu, dividindo-o em Medicina Mágica, Medicina Religiosa e Medicina Empírica.
Ao estudarmos a terapêutica folclórica, ao observarmos o padrão de comportamento daqueles que buscam na Medicina Rústica a cura para doenças e mazelas, esperamos que além do nosso intento de escrevermos uma pequena contribuição da antropologia cultural à ciência de Hipócrates, estejamos também redigindo, uma achega à História da Medicina Brasileira, aos seus capítulos primeiros.
Nossa pesquisa está em consonância com os demais estudiosos, porque, nesta última década, os cientistas sociais e dentre eles podemos destacar os antropólogos estão voltando suas vistas para o campo da Medicina procurando participar de conferência, seminários, simpósios ou reuniões onde são ventilados temas acerca da contribuição que estes poderão dar à ciência de Esculápio.
É muito recente, porém, com resultados opimos, a atenção que os antropólogos sociais estão dando às relações entre medicina e antropologia social, daí o intercâmbio entre médicos, cirurgiões, psiquiatras e antropólogos sob os auspícios de sociedades de sociologia, tendo o próprio Governo norte-americano e as fundações incrementado as atividades de estudo dos aspectos sociais da saúde e doença. O antropólogo Alfred L. Kroeber lançou em 1953(3) Nota do Autor, um alentado volume, resultado do simposium de antropologia realizado nos Estados Unidos em 1951, cabendo a William Candill a coordenação da parte referente à medicina, "Applied Anthropology in Medicine" (páginas 771 a 779), onde se pode constatar como é palpitante e oportuno tal interesse.