1) a discussão de medicina popular e doenças locais, tais como "mau-olhado" e "susto", bem como os conceitos de "quente" e "frio" aplicados às doenças, comida etc.
2) atitudes da população local em relação aos serviços oferecidos pelos centros de saúde e
3) as premissas culturais não formais do pessoal operador que pareciam ter grande influência no sucesso ou fracasso dos centros".
"O fracasso dos centros em conservar uma porcentagem mais alta dos pacientes inscritos é explicado por Foster como sendo resultante de três críticas muito comuns feitas pela população local: frequente falta de tato por parte dos doutores, enfermeiros e restante do pessoal; tempo perdido em ir ao centro; e o fracasso em tratar crianças doentes quando os exames rotineiros não tivessem sido feitos. Esta última era a mais acerba crítica e provinha, em parte, do fracasso do povo em compreender a distinção entre medicina preventiva, que era o objetivo básico dos centros, e o tratamento clínico dos doentes."
"A tendência de médicos e enfermeiras de ignorar, até ridicularizar concepções populares de doenças provavelmente fortalecida pela crença popular de que certas categorias de doenças não eram compreendidas e não podiam ser tratadas por médicos. Os curandeiros faziam grandes negócios em todos os lugares visitados. Alguns exemplos chamaram a atenção dos investigadores em que doutores e enfermeiras conheciam os conceitos populares, não os desacreditavam e, em raras ocasiões, até os usaram. O sucesso destes indivíduos em ganhar a confiança popular estava em flagrante contraste com o pessoal de outros centros."