situar-se numa religião é livre pensador. É, porém, uma das pessoas que tem verdadeira paixão pela leitura, sua sede de conhecimento é notável.
Estas práticas, que iremos mais adiante descrever, não são como pejorativamente poderiam inculcar de baixo-espiritismo e nem de espiritismo o que o grosso da população não conhece. Há, no entanto, nas cerimônias brasileiras por nós assistidas, quer no Candomblé ou no Toré, um mais intenso sincretismo de catolicismo romano e esses cultos e práticas, do que com as espíritas.
Não é nossa finalidade estudar estes problemas do ponto de vista da sociologia religiosa, analisar as causas do sincretismo se são oriundas do próprio catolicismo romano ou da falta de assistência espiritual por parte dos sacerdotes da religião dominante. Estes problemas não cabem neste estudo, embora reconheçamos a sua influência seja valiosa na aceitação e prática da medicina rústica, porque nas subculturas cabocla e da cidade, difícil é separar-se a religião da medicina. E foi desse contexto cultural que retiramos os dados que ora apresentamos em Medicina Rústica.
O estudo da "cidade" alagoana coincide em alguns pontos com o realizado em São Luís do Paraitinga (Estado de São Paulo) onde recolhemos alguns ritos mágicos(6) Nota do Autor. Poder-se-ia objetar que a cidade paulista, na região cultural Montanhosa Central, situada nas altas escarpas paralelas ao litoral, nas cabeceiras dos formadores do Paraíba do Sul, diferia grandemente daquela da foz do rio São Francisco. Tal não se dá marcadamente porque o "beradeiro" ou matuto são-franciscano como o "piracuara" ou caipira vale-paraibano participam de alguns