de Silva Pontes, o interessante comunicado de Paulino ao Imperador, sobre a missão Honório: "Tenho a honra de remeter a Vossa Majestade Imperial a correspondência que acabo de receber pelo 'Paquete do Sul'. A demora do Exército foi fatal e ainda há de dar muitos desgostos. Reúnem-se hoje à noite em minha casa meus colegas; preciso conferenciar com os senhores Honório e Lamas; mal pude correr os olhos por aquela correspondência; não estou bem inteirado dela; e por isso ouso rogar a Vossa Majestade Imperial a graça de ma devolver até às 7 horas da noite. Ainda bem que foram celebrados os Tratados de 12 do corrente e vão a tempo. A missão do Sr. Honório torna-se cada vez mais necessária. Pede ele para seu Secretário a José Maria da Silva Paranhos. É costume, em tais casos, condescender com os desejos dos chefes das missões, dando-lhes para Secretários pessoas em que tenham confiança. Disse-lhe eu que me parecia que Vossa Majestade Imperial acederia, porque faz boa ideia do Paranhos que tem as qualidades precisas. Como o tempo urge, peço licença a Vossa Majestade Imperial para mandar passar o Decreto".
Imediatamente concordou o Imperador, tanto que, nesse mesmo dia, respondeu ao seu ministro, fazendo várias considerações sobre a política do Brasil no Rio da Prata. Infelizmente se encontra esta carta em parte inutilizada. Mas, do que se consegue ler, ainda podemos verificar o interesse de D. Pedro pelos lances da nossa diplomacia. Iniciou a carta com esta frase: "Urquiza ou nos atraiçoa ou falta a boa-fé a Oribe; o que é mais provável". Em seguida, referia-se "ao ofício explicação do comportamento de Urquiza, aliás muito lisonjeiro para nós, já se sabe para adoçar-nos a boca". Parecia-lhe que, no final, demonstrara Urquiza "grande vontade" de "terminar a contenda". Há um longo trecho mutilado nesta interessantíssima carta, do qual já não se pode decifrar senão estas poucas frases de D. Pedro sobre