as condições do acordo de Urquiza e Oribe: "Acho", dizia ele, "que nos fica muito mal aceitarmos semelhantes condições". "Mas", acrescentava, "receio muito dar mais pretextos a alcunharem de pérfido o comportamento do governo nesses negócios do Rio da Prata. A demora do nosso exército é a causa de tudo isso". A opinião do Imperador era idêntica à de Paulino, sendo esta última frase igual à que lhe escreveu o ministro.
Já no final da carta, dizia D. Pedro sobre a missão: "tudo deve ficar pronto para que o Honório possa partir depois de amanhã, como vejo anunciado. A escolha do Paranhos, parece-me excelente; é um moço de muito talento e habilidade, que há mais tempo conviria ser aproveitado e que não podia começar a servir em mais azadas circunstâncias". Tudo ficou pronto; até a nomeação de Paranhos, que o Jornal do Comércio noticiava a 22 (11)Nota do Autor.
O "Imperador" saiu a 23 de outubro, quinta-feira. Às 4h30 da tarde embarcaram, no Arsenal de Marinha, Honório Hermeto e o dr. Paranhos, depois de se despedirem dos amigos, Visconde de Monte Alegre e Paulino, que até ali os conduziram. Às 5h30, uma hora depois, o "Imperador" cruzava a barra, em demanda do Rio da Prata (12)Nota do Autor.
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Explicou Paulino, com franqueza, a Silva Pontes o motivo determinante da missão especial. Em carta de 21 de outubro, que o próprio Honório levaria, dizia o Ministro: "É preciso aproveitar a ocasião, apertar Rosas, dar com ele em terra, e obter o complemento dos Tratados de 12 do corrente, ligando ao nosso sistema e política aqueles governos".