b) criação do Registro Nacional de Arquivos, que centralizaria todas as informações obtidas pelo inquérito e pela colheita posterior;
c) elaboração dos catálogos parciais, com a assistência metódica do INPH;
d) elaboração de catálogos gerais de todos os arquivos públicos, eclesiásticos e particulares e das Seções de Manuscritos das Bibliotecas;
e) fotomicrofilmagem de todos os papéis ameaçados de destruição, para sua preservação;
f) criação do Arquivo Central de Microfilmes, no qual se depositariam, classificariam e catalogariam os microfilmes copiados de originais existentes no estrangeiro ou no país. Seria organizado o Catálogo Geral de Microfilmes (Union Catalog);
g) na execução destas tarefas, o INPH procuraria a colaboração de todas as instituições de caráter histórico, tais como a Biblioteca Nacional, o Arquivo Nacional, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, os Institutos Históricos Estaduais e os Departamentos de História das Universidades.
3. A elaboração dos instrumentos de trabalho histórico
Todos os estudiosos brasileiros sentem falta dos instrumentos de trabalho, ou sejam os catálogos, listas e inventários de manuscritos, índices de revistas e periódicos, de repertórios, bibliografias gerais ou especializadas, cronologias e efemérides, de um Dicionário Histórico e de um Biobibliográfico, de listas de titulares, governadores, representantes do Poder Legislativo, etc., que auxiliam a memória, facilitam as buscas e pesquisas, preliminares de todo trabalho histórico. No I Colloquium Internacional de Estudos Luso-Brasileiros, o professor Charles Boxer pleiteou a compilação de uma bibliografia portuguesa de 1415 a 1815, pois em Portugal também não se tem cuidado deste problema.
No Brasil, muito pouco se tem feito neste sentido. A maior Bibliografia Histórica continua sendo a editada por Ramiz Galvão em 1881-82, apesar da magnífica contribuição trazida pelo Manual de Estudos Brasileiros; o único Dicionário Biobibliográfico com que contamos ainda é o de Sacramento Blake, impresso entre 1883 e 1902, e que já na época Capistrano de Abreu acusava de conter graves erros. Não possuímos um único Dicionário Histórico e auxílios cronológicos só os dados por Varnhagen no 5º volume de sua História Geral. Pouco fizemos em matéria de índices de revistas e de periódicos. De listas de governadores, delegados régios e chefes de administração, pouco possuímos, conforme já mostramos.