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Manuel Diégues Júnior e Bryce Wood, Social Science in Latin America. Nova York, Columbia University Press, 1967. Trad. brasileira, As Ciências Sociais na América Latina. São Paulo, Difusão Europeia do Livro, s. d. Sobre a parte histórica, vide capítulo de José Honório Rodrigues, "As tendências da historiografia brasileira e as necessidades da pesquisa", na edição brasileira, e "Brazilian Historiography: Present Trends and Research Requirements", na edição americana.
3. O fato histórico. Definição
No começo de suas lições sobre a filosofia da história (1822-1823), Hegel (1770-1831) escrevia que o homem é um ser pensante, e que em todo o humano - o que o distingue do animal - há um pensamento, e, por conseguinte, há também um pensamento em toda a ocupação com a história. A filosofia, com pensamentos próprios que lhe são atribuídos, e que a especulação produz por si mesma, sem consideração ao que existe, dirige-se à história, tratando-a como um material e não a deixando tal como é, dispondo dela segundo seu pensamento e construindo uma história a priori.
Ora, a história trata do acontecido, e os conceitos que se determinam por si mesmos são contrários à sua consideração. Cabe à história reunir os acontecimentos de tal modo que o sucedido fique representado diretamente aos nossos olhos; depois devemos estabelecer os laços dos acontecimentos. A história, acrescentava, devia recolher somente o que é e tem sido, os acontecimentos e os atos. E ela será tanto mais verdadeira quanto mais se atenha aos dados ainda que isto não se ofereça de modo imediato, mas exija várias investigações, enlaçadas com o pensamento -, e quanto mais se proponha exclusivamente como fim o sucedido.(12) Nota do Autor
Mais adiante, Hegel ensinava que a primeira condição será a de recolher fielmente o histórico. O historiador corrente, médio,