Eça de Queirós, agitador no Brasil

PARECER

Parecer aprovado pela Academia Pernambucana de Letras, por unanimidade, no dia 17/12/57.

O jornalista e escritor Paulo Cavalcanti concorre ao prêmio "Joaquim Nabuco", relativo ao ano de 1956, instituído pelo ex-deputado Magalhães Melo e a ser distribuído pela Academia Pernambucana de Letras, com o livro, ainda inédito, intitulado Eça de Queiroz, Agitador no Brasil.

Trata-se de um trabalho amplo de pesquisa sobre a influência que teve o romancista português nos movimentos que, no Recife e em Goiana, assinalaram, na segunda metade do século XIX, os choques mais violentos entre portugueses e pernambucanos.

O livro do escritor Paulo Cavalcanti mostra, através de vasta documentação colhida, principalmente, em jornais da época, que as críticas feitas por Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão a propósito da visita do imperador Pedro II a Portugal, exacerbaram, na imprensa monarquista do Recife, sentimentos de revide que logo se traduziram no gosto polêmico em que fatalmente caíam as questões políticas. Mais decisiva foi a influência d'As Farpas na análise frequentemente impiedosa que fizeram do nativismo pernambucano, notadamente em relação aos acontecimentos de Goiana, que alcançaram a mais viva repercussão junto a Ramalho Ortigão e Eça de Queiroz, logo responsabilizados, na imprensa e em boletins subversivos

Eça de Queirós, agitador no Brasil  - Página 46 - Thumb Visualização
Formato
Texto