Era Usselincx um ardoroso calvinista, havendo em seus planos forte influência religiosa. Ocorre repetidamente em seus escritos a ideia de transplantar para o Novo Mundo a "verdadeira religião de Cristo", e de combater os erros do papismo anticristão. Embora, como ficou dito, preferisse a ocupação pacífica das regiões não ainda colonizadas da América, com a permissão tácita (ou explícita) da Espanha, compreendeu Usselincx que isso poderia não ser conseguido. Opinava que nesse caso a trégua devia restringir-se à Europa, prosseguindo a luta além da linha equinocial, de modo que, sendo necessário, pudesse a Holanda, a ponta de espada, povoar as suas colônias americanas.
Graças à ambígua redação da quarta cláusula do tratado de 1609, a paz estava virtualmente confinada à Europa; mas o partido que a defendia, tendo à frente o venerando estadista Johan van Oldenbarnevelt, utilizava-a como justificativa para pôr de lado os planos ambiciosos de Usselincx. Procuravam os adeptos de Oldenbarnevelt mostrar que a Holanda podia agora obter nos portos espanhóis e portugueses todos os produtos da América, e com muito mais facilidade e segurança do que rumando para o mar das Caraíbas. A oligarquia burguesa que advogava os interesses da Holanda não estava interessada em fundar colônias agrícolas em terras de além-mar, nem tampouco em difundir a "Religião Cristã" entre os "obcecados pagãos" do Novo Mundo. Argumentavam que a Holanda já tinha muito com que comerciar e pelejar nas Índias Orientais, onde a trégua nunca foi posta em execução, dando lugar a que a expansão holandesa fosse acelerada, em detrimento do claudicante "Estado da Índia" português.
Embora o maior esforço da Holanda durante os anos de 1609 a 1621 tivesse sido nos mares asiáticos, as suas atividades no Atlântico não foram absolutamente desprezíveis.