e aos conselheiros quão errados eram os seus cálculos neste último ponto.
Quando, com a morte de Oldenbarnevelt, se tornou mais que provável o recrudescimento da guerra, as propostas de Usselincx e outros relativamente à criação de uma Companhia das Índias Ocidentais foram reexaminadas e ardorosamente discutidas pelos mercadores e burgueses oligarcas da Holanda setentrional. O clero calvinista defendeu o projeto com calor, de modo que, após vivos debates, a Companhia das Índias Ocidentais foi formalmente incorporada por uma carta-patente datada de três de junho de 1621. A companhia agora constituída diferia radicalmente da sonhada por Usselincx, visto que em princípio não era uma corporação visando à colonização pacífica e ao intercâmbio comercial, mas, pelo contrário, tinha confessadamente como objetivo a colonização e o comércio mediante a conquista. Em muitos pontos era ela moldada pela Companhia das Índias Orientais, mas o lado comercial de suas atividades estava subordinado aos interesses navais e militares. Não que a Companhia das Índias Ocidentais fosse, como se tem dito muitas vezes, uma organização votada meramente à pirataria. Pois o comércio e a colonização estavam claramente dentro dos seus objetivos, como se depreende dos termos da carta original, cujas disposições principais podem ser sumariadas como se segue(6): Nota do Autor
A Concessão de três de junho de 1621 (ulteriormente várias vezes ampliada) dá à Companhia, durante 24 anos, o monopólio do tráfico e da navegação, e bem assim da conquista e do comércio, em todas as