dar consertar as ruas para as procissões passarem: "mandaram ao procurador mandasse fazer um reparo no buracão do Carmo em forma que pudesse passar a procissão do Triumpho"(16) Nota do Autor. As poucas vias públicas de São Paulo dos séculos XVII e XVIII valorizavam-se quase que exclusivamente em função da passagem das procissões devido aos cuidados da edilidade por essas ruas. Certa feita a Câmara publicou um edital "para se pôr em praça a nova calçada que esta Câmara pretende mandar fazer na rua do Rosario, por ser uma rua principal, e de procissão"(17) Nota do Autor. As festividades do Corpo de Deus, em 1825, importaram para a Câmara em 30$600. É curioso saber-se em que constou essa despesa. Vejamos: ao capitão Francisco de Paula Leite Prestes "da musica a quantia de 9$600", a Ana Maria Joaquina "de dar o Anjo 8$000", ao capitão José Mariano Bueno "dos clarins e timbales 6$400", ao porteiro Domingos Afonso de Santana "de gratificação 5$800", às pessoas "que foram pegando nas redeas do cavallo, e estribeiras, carregador de armas e serventes 4$320" e, finalmente, "pano de linho, fitas cadarso, latas, kola, vermelhão, alfinetes, quatro pares de meias, e outros... para o cavallo de São Jorge 11$600"(18) Nota do Autor. As contas não estão certas, mas refletem bem o espírito religioso da Câmara.
Essas festas, a que comparecia São Jorge montado em seu cavalo profusamente enfeitado, fizeram a delícia dos nossos antepassados. Ficaram famosas, os cronistas antigos as registram como um dos festejos mais característicos da cidade. A Câmara chegava a nomear a comissão para cuidar do preparo de São Jorge para os festejos do Corpo de Deus, comprava-lhe o chapéu, providenciava-lhe "uma nova clineira e rabicheira com asseio para o cavalo da montaria de São Jorge". Em 1850, recomendava a Câmara as "necessras providencias afim de que a imagem de S. Jorge saia na processão de Corpus Christi com toda a decencia, e explendor possivel, visto achar-se consignada na Lei do Orçamto. Mnal n. 26 de 3 de julho de 1850 a qta. de 100$ rs. pa. esse fim"(19) Nota do Autor. São Jorge, hoje,