Teoria da História do Brasil. Introdução metodológica - T2

a partir do século XV(20). Nota do Autor Nesse século existem cinco tipos de escrita: a itálica ou bastarda, que teve sua origem nas imitações dos Breves pontifícios e nos documentos de origem italiana, usada pelas pessoas que se dedicavam às ciências; a redonda, regular, com poucas abreviaturas e já semelhante à letra de imprensa; a alemã, letra gótica sem ligações, e usada especialmente nas inscrições; a cortesã, apertada, redonda, miúda, emaranhada, com rasgos e ligações de uma letra às outras, e que se derivou da escrita dos alvarás; e finalmente a processual, corrução da cortesã, mais extensa, mais incorreta, com letras de maior tamanho, com grande número de ligações e bastante irregular quanto à separação das palavras. Este último tipo de escrita teve seu uso generalizado desde a terceira parte do século XV nos instrumentos públicos e atos judiciários, donde lhe adveio o nome.

No século XVI continuaram em uso as três escritas cortesã, itálica e processual, dominando a última, que se deformou aos poucos. Já no século XVII haviam desaparecido totalmente a cortesã e a redonda, ficando só a bastarda e a processual, a primeira em cartas, livros e documentos de chancelaria, e a segunda em escrituras públicas, passando a denominar-se, devido à ligação cada vez maior de suas letras, processual encadeada. No fim do século XVII, ela desaparece e a bastarda se assenhoreia dos atos notariais. Com as reformas caligráficas terminam nesse século as escritas paleográficas.

É evidente que para os estudos históricos no Brasil só interessam as escritas portuguesa e espanhola dos séculos

Teoria da História do Brasil. Introdução metodológica - T2 - Página 15 - Thumb Visualização
Formato
Texto
Marcadores da Obra