sentido cultural e, para outros ainda, deve-se sempre procurar-lhe a intenção ideográfica, ou seja a representação de uma ideia. Como acentua Koch Grunberg, nenhum outro resto de época primitiva da América do Sul provocou da parte dos eruditos tantas opiniões diferentes e contraditórias como os sinais e figuras de mão humana, gravadas ou pintadas nas pedras e rochedos(30). Nota do Autor Pensou-se que elas permitiriam devassar a pré-história sul-americana, caso fossem decifradas. Foram consideradas como sendo a escrita ideográfica de uma população extinta, descobertas e examinadas desde o Rio Grande do Sul ao Amazonas.
A menção mais antiga é a dos Diálogos das Grandezas do Brasil, onde se lê que já em 1618 copiavam-se e descreviam-se os litógrafos encontrados em 1598 pelo capitão-mor Feliciano Coelho de Carvalho. Quando Varnhagen, em pesquisa em Portugal, conseguiu ver, pela primeira vez, os Diálogos, informou ao Instituto Histórico, em carta de 23 de setembro de 1874, que realmente eles vinham confirmar as informações que havia registrado Elias Herckmans sobre certas pedras lavradas da Serra da Capaoba, na Paraíba(31). Nota do Autor
Modernamente, raro foi o viajante que as não consignou. Quem primeiro considerou atentamente as inscrições lapidares do Brasil foi Alexandre von Humboldt, que se utilizou do Diário de Nicolas Horstman, cirurgião que em 1749 andou viajando pelo Amazonas e encontrou rochedos cobertos de figuras(32). Nota do Autor
As pedras de letreiro e as cidades abandonadas ou petrificadas, como são vulgarmente chamadas, foram estudadas