Teoria da História do Brasil. Introdução metodológica - T2

por Martius, Wallace, Ladislau Neto, Barbosa Rodrigues, Hartt, Branner e von den Steinen. Em 1893, o etnólogo americano Garrick Mallery assinalou a ausência de significação simbólica e o nenhum valor documental dessas inscrições lapidares(33). Nota do Autor A resultado idêntico chegou Koch Grunberg, que permaneceu de 1903 a 1905 entre os indígenas do Rio Negro e do Japurá. Alfredo de Carvalho, comentando o importante livro do etnólogo alemão sobre as inscrições lapidares sul-americanas, considerou as conclusões aí expostas como encerrando os debates e cortando asas às fantasias dos adeptos de uma civilização antiga no Brasil(34). Nota do Autor

Koch Grunberg, Garrick Mallery e Richard Andree(35) Nota do Autor formam a corrente que afirma a ausência de significação simbólica e o nenhum valor documental daquela pretensa escrita ideográfica. Não há significação superior nos litógrafos brasileiros. Eles representam apenas um passatempo pueril de gente tão primitiva quanto primitivo é o processo de sua execução.

Os resultados do trabalho de Koch Grunberg foram obtidos do exame direto de centenas de litógrafos durante demorada permanência entre os aborígines e seus vizinhos e de judicioso inquérito quanto aos processos normais de sua execução; não derivam de mera contemplação de cópias fatalmente aprimoradas dos desenhos originais ou de informações de descrições mais ou menos imaginosas de sua perfeição artística. As duas principais conclusões a que chegou foram as seguintes: nenhum dos povos primitivos da América do Sul possuiu processo gráfico para a transmissão do pensamento; é insustentável a hipótese

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