Anchieta

V

Última jornada à Vitória. O conselheiro da casa do Espírito Santo. Despedida. Morte em Reritiba. Funeral. Glorificação de Anchieta.

Joseph tornou ainda à Vitória, quase moribundo, por obediência a um desejo do superior, conquanto os padres de Reritiba e de Guarapari, ouvidos pelo enfermo, lhe desaprovassem a jornada, que supunham fatal. "Padre Jerônimo, dizia ele a um dos companheiros, estou determinado em ir para a vila, porque não quero deixar exemplo aos moços de pouca obediência, e que se diga que, sendo eu desta idade, deixei exemplo menos bom". Como os índios chorassem à despedida, pressentindo-lhe a morte, Joseph tranquilizou os seus amigos selvagens: "Fiquem aí contentes, que ainda nos hemos de tornar a ver nesta vida".

Conselheiro da casa do Espírito Santo, não tardou que assumisse de novo o governo, por escolha do provincial, aguardando o novo superior, Pedro Soares, durante cinco ou seis meses. Anchieta previra o encargo, aliás, na aldeia de Reritiba, como testemunhou o padre Braz Lourenço. E a lenda continua a envolver-lhe amorosamente o perfil no mesmo nimbo. Com o toque da sua mão ele salva o amigo João Soares; profetiza a uma devota o regresso do marido, há oito anos ausente; escrevendo a um padre da Companhia, que lhe mandara da vila suntuosa de Olinda, sem nomear o doador, certa esmola destinada aos pobres da casa do Espírito Santo, adivinha o nome do grande

Anchieta - Página 404 - Thumb Visualização
Formato
Texto