Anchieta

esparsas, um poema religioso(7) Nota do Autor, um poema heroico(8) Nota do Autor, e as biografias constantes da lista de Sotivel.

No gênero epistolar discriminamos as cartas meramente eclesiásticas, relatórios da catequese, e as que foram escritas sobre a natureza ou a formação do Brasil colonial. Entre os documentos mais vetustos da nossa história, sobreleva a sua autoridade com o proveito de uma leitura singular. Medida, clareza e despretensão caracterizam a linguagem; de onde em onde, o estilo é forte, a narrativa fluida, a observação feliz. Em harmonia com os ideais cristãos, evangelizados às tribos, resulta por vezes o poder mental do homo sapiens, transparece a paixão do conhecimento direto e objetivo, testemunhado pelos sentidos, agudamente, fixando nas impressões e nos conceitos uma tendência de naturalista, que a piedade não faz menos arguto e exato. Com a sua epístola sobre os ares, as plantas e os bichos de S. Vicente, a mais pitoresca e notável dentre as cartas já divulgadas, foi Joseph de Anchieta, não obstante a ingenuidade ou simpleza de algumas reflexões, o precursor dos sábios europeus, que nos ilustraram ou nos enriqueceram a história natural. Dela pôde afirmar convictamente o prefaciador à edição da Academia Real de Ciências de Lisboa, em 1812: "...É um monumento das Virtudes, como da grande instrução daquele ilustre Jesuíta..." Mais do que a terra, conheceu-lhe Anchieta o homem. Sentimentos e superstições, costumes e perfis indígenas tiveram sagaz observador nesse místico, e as figuras, os episódios selvagens da carta de Iperoig, por exemplo,

Anchieta - Página 415 - Thumb Visualização
Formato
Texto