franceses, pelo governador. Não se trata de alguém que viesse da Bahia ou que o Santo Ofício condenasse, num processo moroso, a expirar entre as labaredas do auto de fé: trata-se apenas de um soldado preso no campo de batalha, no calor da ação. O juízo inquisitorial, vestindo ao herege um sambenito escarlate e amarelo, tê-lo-ia mandado à fogueira; o espírito militar, porém, não vendo nele senão um combatente aprisionado, manda enforcá-lo na sua praça d'armas.
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Sem discriminar antecedentes ou pormenores, afirma Pero Roiz que o padre Anchieta se encarregara da conversão do herege. No falso pressuposto de ter sido este o helenista João de Bolés, acrescenta Beretário, entretanto, que o sacerdote fora chamado de S. Vicente (accercitus est Sancto Vicente Joseph), não dispondo a Companhia, nesse momento e lugar, de outro latinista, pois Inácio de Azevedo, visitador da Ordem, atendia a maiores ocupações. É como o traduz Paternina em espanhol: "Para ayudarle en tan riguroso trance, vino desde S. Vicente el Padre Joseph de Anchieta, porque el padre Azevedo attendia a occupaciones mayores en el rio de Januario, donde se executava la justicia." Mais uma inexatidão. Os padres Inácio de Azevedo e Joseph de Anchieta, como o bispo d. Pedro Leitão, o provincial Luis da Grã e Manuel da Nóbrega, tornaram ao Rio, juntos, nos meados de 1567. E no Rio permaneceu Anchieta, coadjuvando Nóbrega, especialmente na instrução dos índios aldeados em terras do colégio(7) Nota do Autor. Retido por esses deveres, não consta