Sá. Fora ele o genebrino André Lafon ou o francês Jacques Leballeur, modelos de calvinismo intransigente, que Villegagnon, rei da América selvagem, condenara em fevereiro de 1558 à detenção perpétua, quando eram precipitados ao mar, do alto de um rochedo, por igual motivo, os seus companheiros Dubourdel, Mathieu Verneuil e Pierre Bourdon? As indagações históricas só têm produzido vãs conjecturas nesse domínio. E há mesmo um trabalho erudito pelos seus dados, mas inadmissível nas suas conclusões, O MÁRTIR LE BALLEUR — que é um espécime de confusão protestante, sucedendo em 1917 à dos autores católicos.
* * *
Em resumo: afora a passagem de Pero Roiz, nada encontramos, historicamente, sobre a conversão anchietana do herege de Guanabara. Quer na correspondência de Anchieta e de outros jesuítas, quer no Instrumento de Mem de Sá, nenhum vestígio lhe descobrimos. Os documentos da época não referem semelhante episódio.
Imprecisa e lacônica, a estranha versão de Pero Roiz omite o nome da vítima, só inscrevendo à margem, na cópia existente em Lisboa, o gênero do suplício — o q. passou com hum herege q. enforcaram. Falta-lhe mesmo o elemento objetivo de um testemunho certo, pois o caso, dali a muitos anos, teria sido contado por Anchieta a um irmão, cujo nome também não se declara. Havendo folheado os processos de canonização do venerável Anchieta, em Roma, o padre Américo de Novais pôde assegurar no apêndice à conferência anchietana de 1897: "...embora as testemunhas tenham afirmado in genere que foram muitas as conversões