III
RELÍQUIAS DE ANCHIETA
As relíquias de Anchieta, em parte, foram transferidas para a igreja do Colégio da Bahia, por determinação de Cláudio Aquaviva, geral da Ordem, no ano de 1611, ficando ao pé do altar-mor, veneradas pelos romeiros e devotos. Em 1625, porém, como o breve pontifical de Urbano VIII, de non cultu, vedasse aos fiéis o culto dos não beatificados ou canonizados, passaram a outro lugar. Uma delas, por esse tempo, foi enviada a Roma. (Simão de Vasconcelos, Vida do V. Padre Joseph de Anchieta, liv. V, cap. XV). Expulsos do Brasil os jesuítas, mandou o chanceler Thomaz Roby a d. José I, em 12 de abril de 1760, as relíquias anchietanas do Colégio da Bahia — tíbias e perôneos, mais duas túnicas — num cofre de jacarandá, forrado a prata. (Xavier Marques, Nova comunicação ao Instituto da Bahia, 1914). Das que permaneceram no Espírito Santo já não existem documentos comprobatórios nem sequer vestígios. Apenas, de um trabalho do Sr. Pereira de Vasconcelos (Ensaio sobre a história e a estatística da Província do Espírito Santo) consta o seguinte: "Na sessão do Instituto histórico e geográfico brasileiro, celebrada em 17 de agosto de 1855, foi apresentada pelos Srs. Pereira Pinto e Norberto uma proposta para que se solicite do governo a entrega de um fragmento dos despojos mortais do missionário Anchieta, que se conserva em uma caixa com lavor de prata no tesouro público da Corte ou da Província do