o duque de Chatelet(4). Nota do Autor Infundia uma religiosa admiração - assinalou Beckford(5). Nota do Autor Era estudiosa e reservada, acrescentaria José Bonifácio, embora não tivesse recebido na infância uma instrução suficiente, devido à saúde precária e a natural melancolia. A sua virtude era fria, o sorriso tênue e fugidio; o olhar gelava. Nenhuma rainha do século XVIII seria mais hierática - na sua crescente intranquilidade de mulher abrasada de zelos cristãos - do que Maria I. As suas festas foram procissões, os seus ócios retiros, as suas obras igrejas - a do Coração de Jesus, feita para comemorar o nascimento do príncipe D. José - os seus cortesãos frades, os seus livros breviários; - e no paço, em viagem, em Queluz, em Salvaterra, nas caldas, no Alentejo, em toda parte, orava. Os exercícios de Santo Inácio traziam dobrados os seus joelhos, numa sucumbida e permanente devoção - aqueles exercícios que o padre Malagrida recitara à agonia do avô D. João V - o mesmo padre Malagrida que o pai, D. José, fizera garrotear como a um judeu. Tinha seu confessor, o esplêndido frei Inácio de S. Caetano, prazenteiro, desdenhoso, ótimo frade, que o marquês de Pombal julgara - assegura Beckford - "sufficiently shrwed, jovial and ignorant"(6). Nota do Autor Era o médico sagaz daquele