O rei do Brasil: vida de D. João VI

ódio ao padre e à fronda, na sua desconfiança da Inglaterra. El-rei concordava; a própria Sra. D. Maria, muito ocupada com os seus rosários, aconselhada utilmente por frei Inácio de S. Caetano, concordaria tolerantemente. Mas o marquês esqueceu uma personagem que, apartada da política, aparentemente indiferente às intrigas de reposteiro, vigiava com a sua astúcia feminina a diplomacia do ministro: esqueceu D. Mariana Vitória. Os planos de Sebastião José eram vastos; decretada a lei sálica, em França casaria D. José.(7) Nota do Autor A aliança de Luiz XV, no momento em que a Inglaterra tinha de lutar com as suas rebeldes colônias da América significaria a revogação do tratado de Methuen, a alforria comercial do reino. Madame Elisabeth, filha do Delfim, levaria à península, com o sangue real, o racionalismo francês... Porém, Madame Elisabeth - e nisso não pensara Pombal - era neta de Luiz XV, sendo este o rei que, ultrajantemente, devolvera a Madrid a noiva criança, quando - já mais de oito lustros haviam corrido - a filha de Felipe V não parecera suficientemente princesa para o seu alto tálamo. A menina repudiada casara-se mais tarde com D. José de Portugal. Era D. Mariana Vitória... Não permitiria que seu neto desse a mão de esposo à neta daquele insolente primo, cuja afronta a tornara

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