deplorada e ridícula. Era rainha, espanhola... e mulher. Tinha um gênio enérgico e uma arte, toda sua, de impor-se aos que a cercavam. Uma feita, replicara ao dileto mano de Madrid - segundo o bispo do Pará: "Diga ao barbaro de meu irmão que ainda são vivos os netos daqueles que venceram vinte e cinco batalhas aos espanhóes..."(8) Nota do Autor Perdoara a Pombal a expulsão dos jesuítas, a dizimação da nobreza - e o pavoroso castigo dos regicidas que o seu ciúme e a sua vaidade teriam secretamente premeditado. Sabia talvez, como se soube algum dia, que as próprias alfaias dos Tavoras foram, com as armas substituídas, para os salões de Oeiras. Somente não lhe perdoaria a bizarra ideia do casamento em França.
E surpreendeu a filha com a notícia, que o ministro José de Seabra lhe segredara. Queria arrebatar-lhe da cabeça, precocemente inclinada pelas meditações, a coroa de Portugal, que proveitosa lhe seria para o serviço da Igreja e sua defesa, urbi et orbe. A conjura doméstica completaria a feroz destruição dos jesuítas, porque pretendia aniquilar o clero. Educaram escandalosamente o principezinho nos sofismas franceses -