O rei do Brasil: vida de D. João VI

Constituição prometida por D. João VI. Referiu-se a isto o padre Inacio José de Macedo: "Um valido do Sr. D. João VI lhe disse em confiança, que seria justo dar à nação uma Constituição com duas Câmaras, ele respondeu assobiando: "Eu me dei muito mal com uma câmara; e ainda me darei pior com duas"(105-A). Nota do Autor Mas as potências preferiam que a esquecesse - como à desordem da véspera, aos desatinos das extintas Cortes... O padre José Agostinho confessaria no leito de morte, "que não tinha ódio pessoal a ninguém, mas que a única cousa que lhe fazia perder a cabeça era a Carta Constitucional..." O rei tinha um propósito: conciliar-se com o Brasil. Como ninguém mais, percebia as artes que lhe armava a mulher e como, em D. Miguel, se acentuavam os traços morais de Fernando VII, o mau filho. A política de Carlota Joaquina era sagaz, mas sem originalidade. Queria destroná-lo, em proveito do infante, e de Espanha. Com a ajuda dos morgados e dos camponeses que odiavam os francelhos. Por isso ela açulava a guerra do Brasil, o horror à Constituição. A salvação estava nas pazes do Brasil. E no desterro de D. Miguel, o generalíssimo. Como o ousar, porém?

Mandou, a 8 de julho, suspender a guerra da Bahia e, a bordo do correio "Treze de maio", o marechal Luiz Paulino, um brasileiro, oferecer um acordo qualquer a D. Pedro. "Havendo reassumido

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