O rei do Brasil: vida de D. João VI

Thornton. Nem assustava os apostólicos, nem desencorajava o infante. "The foolish king of Portugal", como lhe chamava Canning(111), Nota do Autor bem poderia ser arredado, como um estorvo da quietação. nacional. D. João sabia que não contava com a Inglaterra para intimidar o filho. Ligara-se a Neuville. Luiz XVIII e D. João VI passaram por ser os reis mais gulosos do seu tempo: ambos obesos, doentes das pernas e astutos, entendiam-se também no último combate que davam à revolução francesa. Entre eles havia os sacrifícios de Portugal pelos Bourbons. Foi o que lhe valeu na noite de 29 para 30 de abril.

Havia baile na embaixada da Inglaterra, em honra do aniversário de Jorge IV.

O mundo diplomático, a aristocracia e o alto comércio representavam-se nos salões e jardins do cavaleiro Thornton.

Parecia o sinal para a desordem - porque o infante D. Miguel saiu às ruas com os caceteiros, gritando que se tentara assassinar o rei. As maltas de reacionários correram os bairros clamando morras aos maçons, "vivas ao rei só". Um dos pretextos, segundo Palmela, eram os armamentos para uma possível expedição ao Brasil, que aliás se reduzia a um ardil, para melhorar as condições da paz...

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