O rei do Brasil: vida de D. João VI

Esperava o motim. Depois da tragédia de Salvaterra temia pela vida do seu Pamplona (Subserra), certo de que o bando da rainha o exterminaria, como a qualquer outro conselheiro mais íntimo, mais ouvido. Só não imaginara que a audácia do rapaz desse para prendê-lo em palácio. Os ministros, o intendente de polícia que devassava acerca da morte de Loulé, os camaristas Parati e Vilaflôr, foram colhidos de surpresa, detidos brutalmente. Subserra homiziara-se na embaixada de França e depois se escapara, por mar: voltaria mais tarde, para cumprir o destino que lhe vaticinara o rei, e acabar num cárcere miguelista...

D. João não pôde mais comunicar-se com a cidade.

Puseram-lhe sentinelas às portas.

Hyde de Neuville precipitou-se, de uniforme de gala, do baile que a revolta interrompera para as casas dos ministros estrangeiros. Chamou-os, com apelos patéticos, a um encontro na Bemposta.(112) Nota do Autor Convenceu-os, facilmente, de que a vida do rei corria perigo. Apenas o americano, o velho general Creaborn, republicano vieille roche, objetou, doutrinariamente, que não era do seu mister salvar os reis; e se rendeu, e acompanhou os outros, quando lhe contestou, que se tratava de impedir a injúria de filho a pai...

O rei do Brasil: vida de D. João VI - Página 304 - Thumb Visualização
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