para exprobrar ao filho o procedimento, e muita prudência de ameaças, para que soubessem todos das indulgências que no seu coração havia. Que o rapaz andara enganado, que urgia conhecer os nomes dos culpados, os ambiciosos que lhe exploraram a vaidade, de súcia com os partidários da rainha e do estrangeiro, sendo mister nomear comissão para descobri-los, julgá-los... Mandaria viajar o infante, confiá-lo-ia a Metternich, um exímio carcereiro de pretendentes, para que na austeridade da corte de Áustria concluísse a educação.
Partiu, no dia 13, aniversário de D. João VI, para que fosse data triplicemente jubilosa: pelo desterro do agitador, pela restauração do rei e pela punição de Carlota Joaquina, que mordia os punhos em Queluz, sofrendo, nas tribulações de D. Miguel, as últimas dores do seu fracasso.
Pelo arcebispo de Évora exortou-a a não se apresentar mais à corte. E escreveu uma carta de viva queixa, ao rei de Espanha: "Desde o ano de 1806, tive provas convincentes dos projetos ambiciosos da Rainha..."(114) Nota do Autor