A derrota da mulher e do filho dava a D. João VI a sua oportunidade, de aquietar o reino e reconciliar-se com o Brasil. "Na nossa política externa - resumiu Palmela - é a reconciliação com o Brasil, por meio do qual somente pode evitar-se para Portugal a desgraça de futuras dissensões e assegurar-se à sucessão à coroa no seu legítimo herdeiro"... Feito esse acordo, pacificada a monarquia, poderia morrer, na certeza de que o seu sistema, de ganhar tempo, ainda salvava Portugal.
Mas o espírito público exigia desagravos militares.
No ministério, Evora e Pamplona eram pela continuação das hostilidades. Em Londres, o plenipotenciário conde de Vila Real declarara a Caldeira e Gameiro, representantes de D. Pedro I, "que não reconhecia o Imperador do Brasil, senão como um rebelde". Em resposta às aberturas de paz que Canning encaminhara, palpando o terreno com a habitual sutileza, mandara aquele gabinete revogar a Constituição do Brasil e reduzir a imperador-regente o Sr. D. Pedro, que satisfaria à formalidade de abdicar em favor do pai. Antes a luta mais feroz. Porém, acalmando os brasileiros, Canning esperava "no Gabinete de Lisboa mudança que nos fosse favorável". Mudança e penúria de meios para armar as anunciadas frotas. Sabiam os diplomatas brasileiros, em 14 de dezembro de 24, que o governo português tivera de desaparelhar a esquadra, limitando-a a seis navios de cruzeiro. D. João secundava assim