O rei do Brasil: vida de D. João VI

concebia como o Brasil pode figurar-se ter um adversário no Sr. D. João VI, quando S. M. foi quem de fato abriu as portas à sua Independência elevando-o à categoria de Reino, franqueado o comércio de seus portos a estabelecimentos, que o tornam livre e independente de todo..."

Posta a querela nestes termos - de ingratidão filial - a composição não tardaria mais.

D. João pedia indenizações e o título de Imperador, honorífico, para que morresse consolado, na ilusão de não ter perdido nenhum dos domínios herdados, além da escassa Olivença fartamente compensada pelo Uruguai; D. Pedro reclamava o reconhecimento da Independência. Evidentemente, só um tratado secreto, que não sofresse a influência da indignação popular, poderia congraçá-los. A Inglaterra não admitia que D. João VI se considerasse imperador nominal do Brasil.(116) Nota do Autor A farsa irritava-a. Como que adivinhava a futura reunião dos dous países, na pessoa de D. Pedro, portador de ambas as coroas, e um obstáculo à emancipação da América de todo poder europeu, que não fosse inglês. Palmela via claro e longe.

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