História do Brasil T3 - A Organização

O que ocorreu na Bahia, em 1798, mostra que o rastilho continuava a queimar.

O próprio conde de Rezende consentira no prosseguimento das atividades da Sociedade Literária, criada pelo Luiz de Vasconcelos,(1) Nota do Autor, que as interrompera desde 1790. Em Junho de 94 voltaram os "acadêmicos" a reunir-se num sobrado da rua do Cano, em casa do poeta Manuel Inácio da Silva Alvarenga(2) Nota do Autor, advogado e professor de retórica. Os outros eram o professor de grego João Marques Pinto, o médico Jacinto Jose da Silva, o professor de gramática latina João Manso Pereira, o médico Vicente Gomes, o bacharel Mariano José Pereira da Fonseca (que teria maior nomeada com o título de marquês de Maricá)(3) Nota do Autor, o mestre de meninos Manuel Ferreira. Quatro meses correu normalmente a ocupação dessa gente ilustrada. Sobrevindo uma desavença entre sócios mandou o vice-rei fechar a Sociedade; porém logo teve denúncia (do rábula José Bernardo da Silveira Frade) de que ela se tornara sediciosa, divulgando os princípios "franceses", contra a religião e a coroa ("com louvor e aprovação do sistema atual da França"). Mandou que os desembargadores Antonio Diniz da Cruz e Silva e João Manuel Guerreiro de Amorim Pereira instaurassem rigorosa devassa (entre 11 de dezembro de 94 e 13 de fevereiro de 95), prendeu os acusados, inventariou-lhes os livros,

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