História do Brasil T3 - A Organização

XXVIII - A REGÊNCIA DE D. JOÃO

"Jacobinos", influência francesa, ideias liberais, leituras sediciosas, filosofia racionalista, perseguida, castigada, "inconfidentes" e mártires - indicavam que o século XVIII se encerrava sob os auspícios duma transformação universal.

CRISE GERAL

Jamais, desde a Restauração, se achara Portugal em situação mais difícil, de que lhe resultariam a guerra inconsequente, de 1793, a guerra desmoralizante, de 1802, a guerra devastadora, de 1807-12. As vicissitudes da família reinante concorriam para agravar à crise nacional, determinada pela Revolução francesa. Época de infortúnios em série, caracterizou-se pela melancolia, pelo terror dos príncipes, que não pareciam talhados para tais distúrbios. A diplomacia foi hábil nas relações com a Espanha, consolidando-as pelos casamentos, simultâneos, do segundo filho de D. Maria I, o príncipe D. João, com a infanta Carlota Joaquina, e do irmão desta, o infante D. Gabriel, com a princesa D. Mariana, irmão daquele (1785). Mas no ano seguinte faleceu D. Pedro III e em 1788 o príncipe herdeiro D. José (aos 27 anos de idade), de cuja inteligência muito esperavam os espíritos adiantados, os que sonhavam com a volta duma política forte, a modo de Pombal.

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