Joaquim Nabuco e o Pan-Americanismo

marcha referida no paralelo famoso de Graça Aranha (3)Nota do Autor, separando-se da aristocracia para fazer a abolição, ao mesmo tempo em que aquele seu crítico e animador fazia o inverso, vindo da plebe à aristocracia pela ascensão espiritual.

Efetivamente, já não havia o poeta de quinze anos no bacharel de 1865, empolgado com pensadores políticos de estatura mental de Bagehot, nem no jovem advogado que afrontara normas e princípios conservadores de sua época e de sua gente, apresentando-se perante o júri para defender um escravo assassino.

Porque a sede do seu oráculo íntimo estava em Massangana onde o leite preto o amamentara (4)Nota do Autor e recebera dele o compromisso de uma luta sem tréguas pela redenção dos escravos, ele viu-se, em 1879, estreando na tribuna parlamentar, quando confessava, ao deixar a função de adido de legação nos Estados Unidos: "o meu desejo íntimo era continuar na diplomacia" (5)Nota do Autor. De fato, na diplomacia, que tanto o entusiasmara nos primeiros tempos, viria realizar a grande paixão de sua idade madura, quando já era nome feito na política e na literatura, uma reputação cujo apoio soava como prenúncio de vitória para qualquer movimento de caráter coletivo.

Assim, em princípios do século, ao receber com entusiasmo o convite de Rio Branco para conduzir o barco em lúcida, oportuna e larga manobra diplomática, Joaquim Nabuco trazia consigo um passado de popularidade natural e inevitável, conquistado a golpes de tenacidade, de amor, e de inteligência na campanha abolicionista de que, pràticamente, foi a origem e o impulso, e que Rebouças disse ter

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