o âmago a machado, e ao mesmo talhada a popa e proa, com boca de 3 a 5 palmos, em cuja praça remam os índios em pé, em tanto número, quanto dá lugar o comprimento da lagoa, a qual se governa por duas pessoas, que na popa dela, cada um com seu remo, supre o ministério do leme."
Os índios Paumarys, e outros do rio Madeira e afluentes do Amazonas, as fazem de guaxinduba, madeira de uma árvore, que dá leite. Os Guatós tornam-se notáveis pelo equilíbrio, que têm nas suas, que são muito esguias.
Se bem que muito conhecida a maneira curiosa e original, pela qual fazem estes e outros índios da província de Mato Grosso a colheita do arroz silvestre, não deve deixar de ser lembrada nesta memória, em que, a par da descrição do modo de construir as embarcações, se tem citado os seus usos e costumes, e até fatos históricos, que a elas se prendem.
Eles penetram no arrozal, e vão batendo com as pás nas espigas pendidas para dentro da canoa, e sem mais outro trabalho a enchem de arroz.